Então dividimos a turma em grupos, e os alunos foram pesquisar informações na Biblioteca, coletaram entrevistas com alguns moradores e elegeram alguns pontos do Distrito para serem estudados.
Dentre vários pontos, apresentaremos aqui a História da Capela de Santa Marta, que foi contada pelas alunas Cintiany Gonçalves Costa, Déborah Haas Barbosa, Lays Margarida Rosa de Lima e Lívia Pereira Costa.
Esta história é baseada em fatos reais...
Há muitos anos existiu uma mulher que se chamava Maria Marta. Ela era uma escrava.
Maria Marta pegou uma doença que afetava sua pele, era a Hanseníase. Após ter pegado essa doença, seu dono a deixou jogada em lugar, para que ela não contaminasse os outros escravos.
Maria estava grávida e acabou ficando abandonada.
Um dia, passaram dois homens por aquele lugar e eles escutaram um choro nos arredores da estrada. Então foram conferir do que se tratava, e acabaram encontrando Maria que havia dado a luz a duas crianças gêmeas. Os homens se aproximaram e viram que as duas crianças estavam vivas, mas Maria Marta não tinha sobrevivido ao parto. Passado algum tempo, as crianças faleceram também, pois nasceram com a doença da Mãe.
Aqueles homens decidiram enterrar Maria Marta e seus filhos naquele mesmo lugar, onde após anos foi construída a Capela. Atrás da Capela construíram um cruzeiro, no seu topo fica um galo de metal.
Em homenagem a tragédia sofrida por Maria Marta, seu nome foi dado a esta Capela, que até é hoje é frequentada por fiéis que mantém essa História viva.
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Maria Marta pegou uma doença que afetava sua pele, era a Hanseníase. Após ter pegado essa doença, seu dono a deixou jogada em lugar, para que ela não contaminasse os outros escravos.
Maria estava grávida e acabou ficando abandonada.
Um dia, passaram dois homens por aquele lugar e eles escutaram um choro nos arredores da estrada. Então foram conferir do que se tratava, e acabaram encontrando Maria que havia dado a luz a duas crianças gêmeas. Os homens se aproximaram e viram que as duas crianças estavam vivas, mas Maria Marta não tinha sobrevivido ao parto. Passado algum tempo, as crianças faleceram também, pois nasceram com a doença da Mãe.
Aqueles homens decidiram enterrar Maria Marta e seus filhos naquele mesmo lugar, onde após anos foi construída a Capela. Atrás da Capela construíram um cruzeiro, no seu topo fica um galo de metal.
Em homenagem a tragédia sofrida por Maria Marta, seu nome foi dado a esta Capela, que até é hoje é frequentada por fiéis que mantém essa História viva.
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A História de Maria Marta despertou o interesse da turma, e por isso resolvemos ir conhecer o local onde foi erigida uma Capela em homenagem àquela escrava. Outras turmas resolveram se juntar ao nosso passeio, assim reunimos a 5ª, 6ª , 7ª, 8ª séries e uma turma da Educação Infantil da Prefeitura Municipal.
De acordo com dados encontrados na Capela, esta foi construída no início do século XX com a ajuda de doações de pessoas da Comunidade.
Não sabemos se o fato relatado pelos alunos aconteceu ou se trata de apenas uma lenda, mas a Historiografia nos mostra, apoiada em farta documentação, o drama vivido pelos escravos no Brasil, que sofreram com diversas doenças, devido ao árduo trabalho e as precárias condições de vida impostas a eles, como a alimentação inadequada, falta de higiene e repouso. Todos esses fatores contribuíram para a debilitar a saúde dos negros e negras transplantados da África para o Brasil, dessa forma, os escravos se tornavam alvos fáceis de muitas doenças, tais como a varíola, cólera etc.
Um escravo portador de doença contagiosa, era imediatamente isolado dos demais escravos, pois se a doença fosse disseminada, o Proprietário poderia ter grande prejuízo. Assim, era melhor sacrificar um escravo, deixando-o morrer abandonado, do que deixá-lo em contato com os outros cativos sob o risco de provocar uma epidemia.
Ainda não encontramos documentos que comprovem a existência de Maria Marta, tampouco indícios que evidenciem a sua morte trágica, mas tendo este evento ocorrido ou não, a lenda da escrava Maria Marta refleti fatos que ocorreram com freqüencia em nosso passado escravocrata.
De acordo com dados encontrados na Capela, esta foi construída no início do século XX com a ajuda de doações de pessoas da Comunidade.
Não sabemos se o fato relatado pelos alunos aconteceu ou se trata de apenas uma lenda, mas a Historiografia nos mostra, apoiada em farta documentação, o drama vivido pelos escravos no Brasil, que sofreram com diversas doenças, devido ao árduo trabalho e as precárias condições de vida impostas a eles, como a alimentação inadequada, falta de higiene e repouso. Todos esses fatores contribuíram para a debilitar a saúde dos negros e negras transplantados da África para o Brasil, dessa forma, os escravos se tornavam alvos fáceis de muitas doenças, tais como a varíola, cólera etc.
Um escravo portador de doença contagiosa, era imediatamente isolado dos demais escravos, pois se a doença fosse disseminada, o Proprietário poderia ter grande prejuízo. Assim, era melhor sacrificar um escravo, deixando-o morrer abandonado, do que deixá-lo em contato com os outros cativos sob o risco de provocar uma epidemia.
Ainda não encontramos documentos que comprovem a existência de Maria Marta, tampouco indícios que evidenciem a sua morte trágica, mas tendo este evento ocorrido ou não, a lenda da escrava Maria Marta refleti fatos que ocorreram com freqüencia em nosso passado escravocrata.
Participaram da visita os Professores: Ana Cristina Miranda Fajardo; Jaques Cesar de Carvalho; Rodolfo Alves Pereira e Rozana Ávila Reis
Veja as fotos da Visita à Capela de Santa Marta:
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