terça-feira, 28 de outubro de 2008

As imagens do PROEB 2008

Nos dias 28 e 29 de Outubro, os estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental realizaram as avaliações do PROEB (Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica).
No primeiro dia foram aplicadas as provas de Língua Portuguesa, no dia seguinte, foi a vez das provas de Matemática.

No período que antecedeu a Avaliação, cartazes foram afixados nas paredes da escola lembrando aos alunos sobre a realização do PROEB e desejando a eles sucesso neste importante trabalho.

Os professores aplicadores foram devidamente capacitados e também os membros do Colegiado Escolar, ambos participaram de reuniões com o Diretor da escola, nas quais receberam instruções sobre como aplicar corretamente a Avaliação.

Graças ao ambiente propício e à devida preparação para a Avaliação, os dias 28 e 29 transcorreram tranqüilamente e, temos certeza, que cada aluno dedicou o seu máximo para fazer o melhor e conseguir um bom resultado no PROEB.

Registramos agradecimentos para os membros do Colegiado Escolar, os quais acompanharam a aplicação das Avaliações nos dois dias e nos dois turnos, Marcos Antônio Carneiro Zangirolami, Maria José Ávila Reis e Rozana Ávila Reis.

Agradecemos também aos professores aplicadores, Regina Célia e Vera Marcia, e à equipe da SRE - Leopoldina, que também esteve presente na escola, nestes dias importantes.


Veja algumas fotos do PROEB na E. E. J. F.:









sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Imagem e Memória

Em “Imagem e Memória”, apresentaremos à Comunidade escolar fotografias marcantes que remontam uma determinada época ou período da História do distrito de Tebas.
Através de imagens, a memória do observador-leitor é ativada e trás à tona lindas recordações de seu passado. Assim, nosso jornal espera contribuir com o resgate da memória e história do local.

Nesse processo de resgate histórico-cultural, o leitor e membro da comunidade terá um papel substancial, pois poderá enviar para a escola uma fotografia antiga e marcante, cujas características sejam capazes de dar vida à memória coletiva e a fatos relevantes da História de Tebas. Traga sua foto antiga até a escola que iremos digitalizá-la e publicá-la na próxima edição do jornal e também aqui, no Blog. Só teremos sucesso com este projeto se todos colaborarem, participem! Envie-nos sua foto.


Observe a imagem:


*A fotografia acima foi registrada no dia 05 de Maio de 1972. Na ocasião, os alunos da E. E. Justiniano Fonseca estavam fazendo um piquenique com a então diretora, Profª. Stela Dalva Soares dos Reis, na propriedade do senhor Sebastião Fonseca.Agradecemos as senhoras Sueli Reis Guimarães e a Maristela Soares Rodrigues, filha e neta, respectivamente, da ex-diretora Stela, por ter nos enviado esta bela foto.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Augusto dos Anjos

Um poeta de genialidade singular, assim é descrito a obra de Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, por muitos dos estudiosos de Literatura Brasileira.
Nosso biografado nasceu no Engenho Pau d’Arco, no estado da Paraíba, em 20 de abril de 1884. Concluiu o curso secundário no Liceu Paraibano. Em 1906, formou-se em direito na capital de Pernambuco – Recife. Contudo, Augusto dos Anjos não exerceu o Direito, dedicou-se a lecionar Português e Geografia em escolas da Paraíba, Rio de Janeiro e, por fim, assumiu a direção de uma escola em Leopoldina.
Foi em 22 de junho de 1914 que Augusto dos Anjos chegou a Minas Gerais, para assumir a direção do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, situado em Leopoldina, atendendo à indicação do Deputado mineiro Dr. Ribeiro Junqueira, segundo relato do próprio Augusto em carta enviada à sua mãe em junho daquele ano.
Augusto dos Anjos veio para Leopoldina junto com sua esposa, Ester Fialho, e seus filhos Glória e Guilherme, onde moraram à Rua Barão de Cotegipe, nº 11, atualmente sua casa tornou-se um espaço cultural, cuja finalidade é preservar a memória deste escritor.
Em 1912 Augusto publicou seu livro “Eu”, o qual causou grande impacto e escandalizou o público-leitor, devido às características da obra, que continha poemas fúnebres, melancólicos que eram repletos de termos extraídos das Ciências Médicas, algo incomum às demais poesias e obras literárias da época.
No dia 12 de novembro de 1914, uma pneumonia tirou a vida de Augusto dos Anjos, que na ocasião tinha apenas 30 anos de idade. Seus restos mortais encontram-se enterrados no cemitério de Leopoldina, mas sua obra continua viva, bem viva nas mentes de todos os leitores do Brasil, tendo em vista as dezenas de edições e reedições de seu livro “Eu” e das inúmeras publicações de suas outras poesias.

Abaixo reproduzimos um dos famosos poemas de Augusto dos Anjos.

O MORCEGO
Meia-noite. Ao meu quarto me recolho. Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede: Na bruta ardência orgânica da sede, Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.
"Vou mandar levantar outra parede..." - Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho, Circularmente sobre a minha rede!
Pego de um pau. Esforços faço. Chego A tocá-lo. Minh’alma se concentra. Que ventre produziu tão feio parto?!
A Consciência Humana é este morcego! Por mais que a gente faça, à noite, ele entra Imperceptivelmente em nosso quarto!

Nem tudo o que é verde simboliza vida

No Brasil as monoculturas de árvores, especialmente de eucaliptos, para produção de celulose estão se expandindo em um ritmo muito acelerado. E geram muitos conflitos das empresas e governos com movimentos sociais e ambientais. Por que a América Latina, e especialmente o Brasil, é a bola da vez no mercado de produção de celulose? Que impactos isso gera para a sociedade brasileira?
Os nomes que as monoculturas de árvores para produção de celulose recebem pelo mundo afora revelam que, na percepção das populações afetadas, esses plantios geram mais impactos negativos do que positivos.
Na Tailândia, as famílias agricultoras chamam o eucalipto de árvore egoísta, porque as plantações absorvem os nutrientes do solo e consomem tanta água que nos campos vizinhos não é possível plantar arroz.
No Chile, o povo indígena Mapuche refere-se às plantações de pinheiros como milicos plantados, porque são verdes, formam fileiras e avançam.
Na África do Sul, as plantações de eucalipto são chamadas de deserto verde, porque ressecam os solos, expulsam animais e outras espécies vegetais e provocam o êxodo das populações.


Por que o Brasil?
Entre os motivos que atraem as empresas de celulose para o Brasil está a disponibilidade de terras, água e clima quente e úmido, que propiciam o rápido crescimento das árvores. Em torno de sete anos cresce o eucalipto, enquanto que em Portugal e Espanha esse tempo de crescimento não é menor que 15 anos. E em áreas mais geladas da Europa, como Finlândia, as árvores usadas para celulose levam até 80 anos para atingir o ponto de corte.
Além disso, no Brasil, graças aos grandes investimentos em publicidade e aos volumosos patrocínios de campanhas eleitorais, a grande mídia e a maioria dos políticos são parceiros das empresas de celulose. De modo que os governos oferecem incentivos fiscais para elas se instalarem, flexibilizam exigências ambientais e procuram construir no imaginário social a compreensão de que as plantações e as fábricas de celulose vão gerar empregos e desenvolvimento socioeconômico.

Questão ambiental
Para Dirce Suertegaray e Roberto Verdum, professores da Faculdade de Geografia da UFRGS e autores do Atlas da Arenização no Sudoeste do Rio Grande do Sul (2001), a expansão do monocultivo do eucalipto é preocupante porque, além da desertificação do clima resultante do elevado consumo de água dos eucaliptos, pode ter outras graves conseqüências como:
· Ressecamento do solo e aumento de erosão: A geógrafa Dirce se indigna com as propagandas das empresas que realizam os plantios para celulose no Brasil porque elas mostram imagens de bosques em que os eucaliptos aparecem no meio de muitas outras árvores em que muitos bichos convivem harmoniosamente naquele ambiente, como ocorre na Austrália, que é o lugar de origem dessa espécie vegetal.
· Diminuição da Biodiversidade: Todos os pesquisadores afirmam que é comprovado que em qualquer lugar do mundo o cultivo das florestas homogêneas de eucalipto provoca empobrecimento da biodiversidade. Isso evidentemente causa impactos na fauna porque, à medida que muda a vegetação, toda a dinâmica da vida dos animais no local altera-se.
· Transformação da paisagem e da identidade cultural: Para a professora Dirce, existe uma tendência de ecologistas acharem que preservar o ambiente é proteger as matas e plantar árvores, quando na verdade todos os ecossistemas precisam ser preservados.
Segundo o ecologista Francisco Milanez, “as pessoas são diferentes porque vivem em ambientes diferentes, que exigem modos de vida específicos. Se padronizamos a paisagem, vamos padronizando também a cultura das pessoas”. Outro impacto enfatizado por Milanez é a poluição decorrente do processo de fabricação da celulose branqueada, em que são utilizados produtos como a dioxina, que colocam em risco a população e o meio ambiente. “Na Alemanha, por exemplo, a tolerância à dioxina é zero. Aqui é utilizada sem nenhum controle”, critica o ambientalista.
A essa altura o (a) leitor (a) deve estar se perguntando: e as legislações ambientais não são um instrumento eficiente para impedir esses impactos nocivos para o meio ambiente impondo limites a essa expansão? Infelizmente, a flexibilização de legislações ambientais para atender interesses econômicos tem sido uma prática cada vez mais freqüente no Brasil.


Christiane Campos*


*Jornalista, economista e doutoranda em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (chris_senhorinha@hotmail.com)