Nesse contexto de eleição da Diretoria e Conselho Fiscal da Caixa Escolar, do Colegiado das Escolas Estaduais e também da aproximação do período eleitoral para o Legislativo e Executivo municipal, temos uma grande possibilidade de exercitarmos a cidadania, que é a qualidade do cidadão, ao indicarmos nossos representantes e líderes, aos quais delegamos poder para decidir por nós junto aos órgãos deliberativos e executivos. Tal prática remonta à Grécia Clássica, por volta do século V a.C., berço da democracia, que significa “governo do povo” (demo = povo / cracia = governo). Nas cidades gregas, como por exemplo Atenas, os cidadãos gregos se reuniam na Ágora, um local público, para discutir as diversas questões e problemas relacionados a pólis (cidade da Grécia Antiga). Qualquer cidadão, exceto estrangeiros, escravos e não-gregos, poderia pedir a palavra e discursar para platéia e coletivamente as pessoas tomavam as decisões que julgavam ser necessárias para o bem-estar comum.
O sistema democrático, desde então, tem sido considerado o modelo de governo ideal, pelo menos para os povos Ocidentais. Contudo, não raro na História da Humanidade, o Estado Democrático tem sido suplantado pelo Autoritarismo Político, inclusive na atualidade a democracia tem sofrido alguns revezes, caso de Cuba e Venezuela, por exemplo.
No Brasil, porém, diversos sociólogos e cientistas políticos tem afirmado que a democracia brasileira está cada vez mais madura, isto é, sólida, devido, a superação da ditadura militar, da redemocratização do país, das sucessões presidenciais através de votação direta, o sucesso dos referendos, aumento da participação popular etc. Aos poucos, estamos consolidando a democracia nacional e, em breve, poderemos ser a nação paradigma de democracia contemporânea para os demais países do Globo, tal como foi a Grécia Clássica para os povos Ocidentais lá na Antigüidade!
Mas para mantermos nosso país democrático, com as liberdades individuais asseguradas e com a gestão pública eficaz e participativa, os cidadãos precisam entrar em cena efetivamente. É preciso que cada indivíduo exerça de fato a cidadania e aprenda a tomar decisões com autonomia e inteligência. Para isso acontecer é preciso se posicionar, analisar, criticar e escolher por si só suas opções e tomadas de decisão, sem receio e com a segurança de ter escolhido o melhor.
Somente a via democrática pode incluir os cidadãos no sistema político e garantir a responsividade social e a Gestão democrática do Patrimônio Público. Portanto, aproveitemos a atual conjuntura para exercitarmos mais uma vez nossa cidadania e construirmos uma escola melhor, uma cidade melhor e não obstante, um país cada vez mais democrático. Participe!
Rodolfo Alves Pereira
Diretor
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