domingo, 15 de julho de 2007

O consumo de drogas no Mundo

Abaixo colocamos os links de notícias interessantes e assustadoras, que trazem alertas sobre o consumo de drogas no Mundo.



SEGUE UM BREVE COMENTÁRIO

Todos nós sabemos que o Brasil está no ranking dos principais países, onde é marcante a atuação do narcotráfico, e também há elevado consumo de drogas.
Como combater esse mal, ou melhor, esse "câncer"?
A resposta não é simples, e as ações corretivas tampouco, mas se não começarmos a agir logo, poderá ser tarde demais...
Uma resposta muito comum é a seguinte:
"Devemos combater as drogas com Educação, com oferta de empregos e distribuição de renda."
Estamos de acordo com a assertiva acima, porém, tais ações precisam migrar do plano do discurso para o plano real, efetivamente.
Caso contrário, a conjuntura, que se consolida como estrutura nacional, permanecerá inalterada. Se não combatermos já o câncer, isto é, o consumo de drogas e o narcotráfico, iremos assistir à proliferação do mal. Uma vez diagnosticado o câncer, este precisa ser imediatamente tratado, se essa atitude não for tomada a doença se espalhará rapidamente de um órgão a outro, impossibilitando o organismo do paciente de resistir à doença e, também, inviabilizará os tratamentos médicos.
Portanto, para evitarmos que a Nação seja completamente tomada pelo mal, é fundamental a intensificação das medidas preventivas, ou seja, os investimentos em educação e cultura, o desenvolvimento econômico, que por sua vez irá gerar empregos e proporcionar a distribuição de renda, para que os cidadãos tenham aspirações sociais, e reais possibilidades de concretizar suas idealizações. Dessa forma, tais cidadãos não irão optar pela alternativa de vida oferecida pelo mundo paralelo das drogas, do alcoolismo, da prostituição e do narcotráfico.


Cabe ressaltar, que a vida oferecida pelo mundo das drogas e suas atividades circunvizinhas são, na maioria das vezes, retratadas nas letras das músicas produzidas principalmente nas periferias das capitais Rio de Janeiro e São Paulo. Trata-se do gênero musical chamado Funk, adaptação brasileira do gênero musical norte-americano, que atrai cada vez mais jovens ouvintes, com composições que estimulam práticas violentas e o sexo irresponsável, haja vista os termos utilizados para caracterizar as mulheres: "cachorra", "vaca", "bandida" etc; os homens também foram transformados pelo funk, porém, são mais conhecidos como: "tigrão", dentre outros termos medíocres, dos quais não me recordo.
Leia um trecho da música, se é que podemos caracterizá-la assim, "Boladona" que sustenta minha argumentação:

"Tati Quebra Barraco - Boladona
Na madruga boladona,
Sentada na esquina.
Esperando tu passar
Altas horas da matina
Com o esquema todo armado,
Esperando tu chegar
Pra balançar o seu coreto
Pra você de mim lembrar
Sou cachorra, sou gatinha, não adianta se esquivar
Vou soltar a minha fera, eu boto o bicho pra pegar"

Percebe-se nesta letra, bem como em muitas outras, a redução das mulheres a simples artefatos sexuais, e o mesmo acontece com os homens. Os valores de respeito e carinho passam cada vez mais longe desse tipo de mídia.
É comum encontrarmos nas melodias do funk, o incentivo à violência, e alusão ao tráfico de armas, caso do "Rap das Armas" :


"MC Cidinho E MC Doca - Rap Das Armas
E se tu tomar um "pá", sera q vc grita ? Seja de ponto 50 ou entaum de ponto 30
Mas se for alemao eu naum deixo pra amanha
Acabo com o safado, dou-lhe um tiro de fazan
Porque esses alemao sao tudo safado
Vem de garrucha velha da dois tiro e sai voado.
E se naum for de revolver, eu kebro na porrada
E finalizo o rap detonando de granada!"
Os próprios bailes realizados nas favelas do RJ e SP, são financiados pelos traficantes de armas e drogas, que são conhecedores do poder de atração que esses eventos exercem sobre as mentes dos jovens. Os bailes são fontes de renda extra para os traficantes, que aproveitam o momento para incrementar a venda de tóxicos, ao som do Funk.
Somente através da Educação, Cultura e Esporte, poderemos libertar as nossas crianças e jovens dessas armadilhas, que ficam codificadas em forma de música, e exercem impactos significativos na formação psico-social da criança e do adolescente. Enfim, a Educação tem o poder de transformar vidas, e pode conscientizar os educandos sobre os inúmeros riscos oferecidos pelas drogas, pelo álcool e, claro, pela criminalidade. A partir dessa conscientização, com certeza a possibilidade do indivíduo se desviar do caminho certo ficará reduzida, ao passo que a chance de sucesso pessoal e social aumentará.
A atitude para intensificar a luta contra o narcotráfico deve ser política, mas deve partir também de cada cidadão. Nós temos que cobrar as ações políticas de nossos representantes nos poderes legalmente constituídos, e fiscalizar a aplicabilidade dessas ações e sua eficácia no saneamento dos problemas de nossa sociedade.

Um comentário:

Unknown disse...

Prezado diretor e amigo, acho valoroza sua intenção de demonstrar com exemplos a desvalorização das ações de bons costumes e da boa educação na cultura do funk, contudo sugiro que as faça de forma subliminar para não expor sua individualidade a qualquer tipo de represália, mesmo correndo o risco de não ser totalmente compreendido.
Atenciosamente
Anderson Vieira