O continente sul americano nos dá indícios de uma corrida armamentista entre alguns países que compõe o cone sul da América. Há alguns anos a Venezuela vem modernizando suas forças armadas e já adquiriu cem (100) mil novos fuzis de fabricação russa e equipou suas tropas de infantaria. Além disso, esse país comprou navios de guerra, radares, helicópteros, caças, submarinos e mísseis. Os equipamentos militares elevaram a Venezuela para o primeiro posto no ranking dos países latino-americanos que mais investiram nas forças armadas nacionais. Isso aconteceu em um contexto, no qual o presidente venezuelano Hugo Chávez se declarava o líder dos países latino-americanos sob uma inspiração bolivariana. No mesmo contexto, Chávez atacava frontalmente o presidente norte-americano George W. Bush. Proferindo palavras agressivas e acusando os E.U.A de imperialistas, Chavez, aproximava-se de países como Bolívia, Cuba e até do Irã, este localizado no Oriente-Médio e considerado um país que abriga terroristas anti-americanos. A Venezuela justifica os investimentos militares através de um conhecido discurso - a segurança nacional e ameaça dos E.U.A. Enquanto isso, Chávez aumenta seu poder, mantém seu governo com traços autoritários e consegue ter influência sob os países vizinhos. O Brasil, maior país em extensão territorial da América do Sul, por um bom tempo assisitiu ao aumento do poder de fogo da Venezuela, calmamente, enquanto sua posição de Líder Político dos países latino-americanos ruia frente ao "chavismo". A política externa brasileira fraquejou quando Chávez influenciou algumas decisões de Evo Morales, presidente da Bolívia, que foram desfavoráveis para o Brasil. O presidente venezuelano também atacou verbalmente o Congresso e a Imprensa brasileiras, acusando-as de serem instrumentos do imperialismo norte-americano.
Chávez não esconde de ninguém que pretende expandir sua doutrina política para o resto do continente, sob a inspiração de Simón Bolívar, líder histórico que participou de alguns movimentos de independências das colônias espanholas na América, ele pretende remodelar o socialismo, adequando-o ao século XXI.
A reação brasileira começou agora com o Governo Lula anunciando novos investimentos para as forças armadas, com o intuito de modernizar as instituições militares e substituir equipamentos obsoletos, fruto dos poucos investimentos destinados aos militares, desde o fim da Ditadura Militar. Não obstante, foi celebrado um acordo bilateral envolvendo Brasil e França, que ocorreu no início de fevereiro do corrente ano na Guiana Francesa, que prevê transferências de tecnologias militares da França para o Brasil, incluindo ajuda ao Projeto Brasileiro de construir um submarino nuclear.
O presidente Lula, com os novos investimentos nas forças armadas, atende a uma reivindicação dos militares e, ao mesmo tempo, indica para a Venezuela que o Brasil não está estático e não está disposto a entregar o cargo de líder da América Latina facilmente.
Não estamos vivendo confronto militar, tão pouco diplomático, mas não se pode negar que há uma disputa velada entre Brasil e Venezuela pela hegemonia política no Continente Latino Americano.
Nesse caso, os investimentos no poderio militar de cada país pode ser o diferencial, ou o fator decisivo para o exercício efetivo da liderança de uma sobre as demais nações.
Essa situação nos remete ao período do pós-segunda guerra mundial, terminado o conflito E.U.A e U.R.S.S. promoveram uma "Guerra Fria", marcada por ausência de confronto bélico direto e por vultuosos investimentos em armas nucleares por ambas as partes. Porém, os países disputavam a hegemonia política no Mundo, utilizando para isso suas forças armadas. Venceram os E.U.A, o que tornou essa nação a maior potência militar e econômica do Planeta.
Enquanto a "Guerra Fria" durou, o Mundo ficou inquieto, as pessoas vivam sob o risco de uma guerra nuclear que poderia colocar um fim à existência humana.
Será que iremos presenciar um fenômeno semelhante ao descrito acima, aqui na América Latina? Será que nosso país precisa realmente destinar mais recursos financeiros para as forças armadas?
Se as forças armadas brasileira conseguirem impedir o tráfico de drogas, armas, de animais e até de humanos nas fronteiras do país, e conseguir ajudar os órgãos competentes a evitar o desmatamento da Floresta Amazônica, compensará os investimentos recebidos, e a resposta para a pergunta seria sim. Caso contrário, penso que não, pois não podemos nos esquecer das prioridades sociais do país - Educação e Saúde - para destinar recursos financeiros para a aquisição de armamentos e tecnologias militares.
As necessidades de grande parte da população brasileira são mais urgentes do que uma disputa política e militar com a Venezuela.
Chávez não esconde de ninguém que pretende expandir sua doutrina política para o resto do continente, sob a inspiração de Simón Bolívar, líder histórico que participou de alguns movimentos de independências das colônias espanholas na América, ele pretende remodelar o socialismo, adequando-o ao século XXI.
A reação brasileira começou agora com o Governo Lula anunciando novos investimentos para as forças armadas, com o intuito de modernizar as instituições militares e substituir equipamentos obsoletos, fruto dos poucos investimentos destinados aos militares, desde o fim da Ditadura Militar. Não obstante, foi celebrado um acordo bilateral envolvendo Brasil e França, que ocorreu no início de fevereiro do corrente ano na Guiana Francesa, que prevê transferências de tecnologias militares da França para o Brasil, incluindo ajuda ao Projeto Brasileiro de construir um submarino nuclear.
O presidente Lula, com os novos investimentos nas forças armadas, atende a uma reivindicação dos militares e, ao mesmo tempo, indica para a Venezuela que o Brasil não está estático e não está disposto a entregar o cargo de líder da América Latina facilmente.
Não estamos vivendo confronto militar, tão pouco diplomático, mas não se pode negar que há uma disputa velada entre Brasil e Venezuela pela hegemonia política no Continente Latino Americano.
Nesse caso, os investimentos no poderio militar de cada país pode ser o diferencial, ou o fator decisivo para o exercício efetivo da liderança de uma sobre as demais nações.
Essa situação nos remete ao período do pós-segunda guerra mundial, terminado o conflito E.U.A e U.R.S.S. promoveram uma "Guerra Fria", marcada por ausência de confronto bélico direto e por vultuosos investimentos em armas nucleares por ambas as partes. Porém, os países disputavam a hegemonia política no Mundo, utilizando para isso suas forças armadas. Venceram os E.U.A, o que tornou essa nação a maior potência militar e econômica do Planeta.
Enquanto a "Guerra Fria" durou, o Mundo ficou inquieto, as pessoas vivam sob o risco de uma guerra nuclear que poderia colocar um fim à existência humana.
Será que iremos presenciar um fenômeno semelhante ao descrito acima, aqui na América Latina? Será que nosso país precisa realmente destinar mais recursos financeiros para as forças armadas?
Se as forças armadas brasileira conseguirem impedir o tráfico de drogas, armas, de animais e até de humanos nas fronteiras do país, e conseguir ajudar os órgãos competentes a evitar o desmatamento da Floresta Amazônica, compensará os investimentos recebidos, e a resposta para a pergunta seria sim. Caso contrário, penso que não, pois não podemos nos esquecer das prioridades sociais do país - Educação e Saúde - para destinar recursos financeiros para a aquisição de armamentos e tecnologias militares.
As necessidades de grande parte da população brasileira são mais urgentes do que uma disputa política e militar com a Venezuela.
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*Rodolfo Alves Pereira
Diretor e Professor da E. E. Justiniano Fonseca
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